Um novo estudo sugere que os astronautas deveriam buscar água deixada pelos vulcões antigos.
Hoje a Lua parece um lugar quieto, mas erupções vulcânicas abalaram-na há milhares de milhões de anos. Segundo a pesquisa realizada pelos pesquisadores da Universidade de Colorado em Boulder, nos EUA, pode haver camadas de gelo de até centenas de metros de espessura deixadas para trás nos polos da Lua como um legado de seu passado vulcânico.
A equipe usou simulações computadorizadas para estudar os efeitos dos vulcões. Os modelos demonstram que vulcões expeliram vapor de água, que retornou à superfície formando gelo, um processo que os pesquisadores comparam à formação de gelo na Terra após uma noite fria.
"De acordo com estimações do grupo, cerca de 41% da água dos vulcões pode ter condensado na Lua em forma de gelo", afirma a universidade.
O estudo melhora compreensão dos cientistas sobre a evolução da água em nosso vizinho lunar. Em 2020, a NASA anunciou evidências da presença de água na Lua. Sabemos que ela está lá, mas ainda há perguntas sobre onde, quanto, de onde veio e como pode ser obtida.
Se as simulações de computador forem verdadeiras, isso significa que pode haver camadas de gelo escondidas sob o solo lunar. Essa água pode ser usada para beber ou para fazer combustível para foguetes. Exploradores robóticos ou humanos podem confirmar isso. Conforme disse Wilcoski: "Nós realmente precisamos perfurar e procurar isso".
O Viper, um rover lunar desenvolvido pela NASA, que deverá ser lançado em 2023, vai procurar depósitos de gelo no polo sul do satélite terrestre, dando aos pesquisadores um novo conjunto de dados e talvez permitindo esclarecer definitivamente a história da formação da água na Lua.