Durante a sua transmissão on-line semanal, nesta quinta-feira (19), Jair Bolsonaro (PL) questionou a fala do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, sobre os cerca de 100 observadores internacionais que podem acompanhar o andamento das eleições.
Para o chefe de Estado brasileiro, não há necessidade de integrantes de governos internacionais participarem do processo eleitoral, "porque o país é um dos únicos do mundo a utilizar urna eletrônica".
"Pode botar um milhão de observadores. Vão observar o quê? Vão ter acesso ao código-fonte? Vão entrar em uma sala secreta para acompanhar a apuração? Qual conhecimento deles em informática?", questionou Bolsonaro.
Na última terça-feira (17) Fachin disse que a meta é ter mais de "100 observadores internacionais durante o processo eleitoral no Brasil".
O presidente do TSE citou ainda a criação de uma rede para garantir a presença de "diversas" autoridades do mundo inteiro no Brasil.
Na lista, estão a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Parlamento do Mercosul, a Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), o Centro Carter, a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (Ifes) e a Rede Mundial de Justiça Eleitoral.
Ao longo de sua transmissão, Bolsonaro voltou a enfatizar que é necessário discutir a segurança nas urnas eletrônicas e ironizou: "Discutir a urna é um crime".
O ministro Luiz Edson Fachin, novo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 23 de fevereiro de 2022.. Foto de arquivo
© Folhapress / Pedro Ladeira