Os dois principais oficiais militares dos EUA e da Rússia discutiram "questões de interesse mútuo", incluindo o conflito em andamento entre a Rússia e a Ucrânia, disse o Ministério da Defesa russo em comunicado.
O ministério ainda observou que as conversações foram realizadas a pedido do lado norte-americano, segundo informações publicadas pelo portal RT.
O Pentágono, contudo, até o fechamento desta matéria, não forneceu maiores detalhes sobre a conversa. As autoridades dos EUA se limitaram a dizer que os líderes militares "concordaram em manter as linhas de comunicação abertas".
O presidente russo, Vladimir Putin (centro), discursa durante reunião anual com o Ministério da Defesa da Rússia. À esquerda, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, e à direita o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov
© Sputnik / Mikhail Klimentev
/ Falando em Bruxelas nesta quinta-feira (19), Tod Wolters, general da Força Aérea dos EUA e Comandante Supremo Aliado da Europa (Saceur, na sigla em inglês), expressou a esperança de que as conversas entre Gerasimov e Milley cheguem a uma solução diplomática para a crise em curso.
Os Estados Unidos e a Rússia estabeleceram uma linha direta em 24 de fevereiro para evitar qualquer ampliação do conflito.
A linha direta é uma linha telefônica aberta baseada na sede do Comando Europeu dos Estados Unidos, em Stuttgart, na Alemanha. Ela está sob o comando do general Tod Wolters, que lidera todas as forças americanas na Europa.
As conversas de alto nível ocorrem menos de uma semana depois que o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, e o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, falaram pela primeira vez desde o início da operação militar de Moscou na Ucrânia, no fim de fevereiro.
Poucos detalhes sobre as negociações surgiram desde então, com ambos os lados apenas confirmando que Austin e Shoigu discutiram diversas questões de segurança, incluindo a crise na Ucrânia.
A Rússia lançou uma operação militar sobre o Estado vizinho após o fracasso da Ucrânia em implementar os termos dos acordos de Minsk, assinados pela primeira vez em 2014, e o eventual reconhecimento de Moscou das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL).
O Protocolo de Minsk, mediado pela Alemanha e pela França, foi projetado para dar às regiões independentistas um status especial dentro do Estado ucraniano.