Panorama internacional

Alemanha e Itália dão sinal verde para compra de gás russo com pagamento em rublos

Os governos de Alemanha e Itália disseram aos empresários de seus países para abrir contas em rublos para pagar por gás russo sem violar sanções.
Sputnik
Empresas na Alemanha e na Itália foram informadas de que podem abrir contas em rublos para comprar gás russo sem violar as sanções impostas à Rússia, informou a Reuters, citando fontes.
Duas fontes disseram nesta sexta-feira (20) que os importadores de gás alemães foram informados por Berlim, que coordenou a questão com a União Europeia (UE), de que eles poderiam abrir contas em rublos, embora os pagamentos não devessem ser feitos ao Gazprombank na moeda russa.
Uma fonte do governo italiano disse à Reuters que Roma também coordenou com a Comissão Europeia como comprar gás russo legalmente.
Mais cedo, o vice-primeiro-ministro russo, Aleksandr Novak, disse que os contratos com a Gazprom para fornecimento de gás, que agora devem ser pagos em rublos, foram concluídos com cerca de 54 empresas, sendo que metade delas já abriu contas no Gazprombank para pagamento em rublos.
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Diplomatas da UE disseram à Reuters que parece que as diretrizes do bloco para a compra de gás russo foram intencionalmente vagas a fim de permitir que os negócios operassem como de costume.
No início deste mês, o porta-voz da Comissão Europeia, Eric Mamer, disse que a UE não mudou suas recomendações em relação aos pagamentos pelo gás russo, que devem ser feitos na moeda especificada no contrato.
Desde 1º de abril Moscou só aceita pagamentos por gás de Estados considerados hostis em rublos para fugir de acordos em dólares e euros.
O presidente Vladimir Putin esclareceu que a recusa de operar na moeda russa será considerada uma inadimplência nas obrigações contratuais.
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Desde 27 de abril a Gazprom suspende a exportação de combustíveis para Bulgária e Polônia por falta de pagamento.
Após o início da operação especial russa para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia, o Ocidente intensificou a pressão das sanções sobre Moscou.
Muitos países anunciaram o congelamento de ativos russos, e os apelos para abandonar as fontes de energia do país se tornaram mais fortes.
As sanções provocaram um desequilíbrio na cadeia global de produção, resultando no aumento dos preços dos combustíveis e alimentos.
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