A probabilidade de vida prosperar em Marte há milhões de anos não é particularmente alta, de acordo com cientistas, cujo estudo foi publicado na revista Science Advances.
A pesquisa envolveu uma equipe internacional de pesquisadores liderada pela Universidade de Lund, na Suécia, que usou tomografia de nêutrons e raios X para estudar um meteorito cuja idade é estimada em cerca de 1,3 bilhão de anos, e que se originou do Planeta Vermelho.
Os esforços da equipe revelaram que a amostra que eles estavam estudando tinha exposição limitada à água, sugerindo assim que "provavelmente não havia um grande sistema hidrotérmico que deu origem à alteração".
Reprodução tridimensional de meteorito de Marte
"Uma explicação mais provável é que a reação ocorreu após pequenas acumulações de gelo subterrâneo derretido durante um impacto de meteorito há cerca de 630 milhões de anos", observou Martell.
"Claro, isso não significa que a vida não poderia ter existido em outros lugares em Marte, ou que não poderia ter existido vida em outras épocas", acrescentou ela.
Os pesquisadores esperam que os resultados da pesquisa sejam úteis em 2030, quando a agência espacial norte-americana NASA planeja transportar as primeiras amostras até a Terra, especialmente com as atuais tecnologias de nêutrons e da tomografia de raios X.