"Os estoques esgotados resultantes do apoio militar que fornecemos à Ucrânia são o exemplo mais óbvio de nossas deficiências. No entanto, isso se soma aos herdados de cortes orçamentários anteriores e subinvestimentos", escreveu ele em um post no blog da UE.
No final de abril, o chefe da diplomacia europeia especificou que o fornecimento total de armas para a Ucrânia por todos os países da União Europeia excede 1,5 bilhão de euros.
Borrell argumentou hoje (22) que as capacidades de defesa da UE e as despesas militares não correspondiam às que ele alegou serem necessárias para combater as ameaças à segurança.
"De 1999 a 2021, os gastos combinados de defesa da UE aumentaram apenas 20% — contra 66% para os EUA, 292% para a Rússia e 592% para a China. Certamente, é preciso levar em conta o nível inicial das capacidades militares, mas esses números mostram tendências muito diferentes", elencou.
A UE precisa aumentar os gastos militares para manter forças armadas modernas e interoperáveis e reabastecer seus estoques, declarou Borrell.
Ele propôs aumentar as capacidades militares nos próximos cinco anos, especificamente nas defesas aéreas, cibernéticas e espaciais.
A longo prazo, disse Borrell, os membros da UE devem se concentrar na aquisição e construção de armas em conjunto, como tanques de batalha principais e equipamentos de percepção situacional e espacial.
A Rússia iniciou uma operação militar especial, em 24 de fevereiro, com o objetivo de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia, após pedido de ajuda das repúblicas populares de Donetsk (RPD) e Lugansk (RPL) para combater ataques de tropas ucranianas.
A missão, segundo o Ministério da Defesa russo, tem como alvo apenas a infraestrutura militar da Ucrânia.
Moscou afirmou em diversas ocasiões que não tem planos de ocupar o país.
Em resposta, os Estados Unidos e seus aliados impuseram sanções abrangentes à Rússia e forneceram ajuda bilionária em infraestrutura militar à Ucrânia.