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Aras compara Trump e Bolsonaro e diz que retórica eleitoral do presidente não é crime

Para autoridade, os comentários de Bolsonaro em torno do sistema eleitoral não podem ser considerados crime uma vez que "não interferem no processo" e são apenas "retórica política".
Sputnik
Em entrevista à Reuters, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que o presidente, Jair Bolsonaro (PL), não cometeu nenhum crime ao questionar a legitimidade do sistema de votação ou sugerir que ele pode não admitir a derrota nas eleições de outubro, como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez em 2020.
"Se o presidente pensa, como Trump, que há problemas [com o sistema eleitoral], seus comentários só infringem a lei se interferirem no processo democrático. Apenas dizer isso não é um crime", declarou Aras à mídia.
Os confrontos de Bolsonaro com o Judiciário levantaram temores de que ele possa seguir o exemplo do norte-americano, recusando-se a admitir a derrota de seu rival de esquerda, o ex-presidente Lula, que está à frente nas pesquisas de opinião.
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Mas para o procurador-geral, as observações do mandatário permaneceram no âmbito da liberdade de expressão protegida, assim como as de Trump. "É a mesma coisa, apenas retórica política", afirmou.
Na visão de Aras, as instituições democráticas do Brasil são fortes e a eleição ocorrerá sem problemas, relata a agência, apesar da corrida presidencial altamente polarizada.
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