Nesta segunda-feira (23), o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, afirmou que a Força Aérea Brasileira (FAB) "é legalista e cumprirá a lei", caso o presidente, Jair Bolsonaro (PL), não seja reeleito nas eleições em outubro, de acordo com o jornal O Globo.
O brigadeiro explicou que haverá uma força-tarefa das três forças (Aeronáutica, Marinha e Exército), coordenada pelo Ministério da Defesa, para ajudar na logística da votação, como transporte de urnas e proteção para que a votação ocorra em clima de tranquilidade.
"Em todas as eleições, nós somos responsáveis por grande parte do transporte das urnas. O voto de quem está em Santa Rosa do Purus [AC], de quem está em Barcelos [AM], é caro para a gente, mas esse é o preço que a gente tem que pagar pela participação democrática de todos os cidadãos que têm direito de votar. Fazemos com muita eficiência, com muita confiança no resultado, no transporte de todas as urnas" — disse o brigadeiro.
O militar ainda comentou sobre a operação chamada Garantia da Votação e da Apuração (GVA). "Fazemos a GVA em todas as eleições. [Para] garantir que não terá confusão, que vai ser feito em clima de tranquilidade a votação. Nós usamos todos os meios das três forças", afirmou.
Além da ajuda logística, citada pelo brigadeiro, as Forças Armadas também participam deste ano da Comissão de Transparência das Eleições (CTA), criada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para acompanhar os preparativos do processo eleitoral.
A inclusão dos militares no grupo aconteceu diante de suspeitas, sem provas, levantadas por Bolsonaro em relação à votação.
Baptista Júnior antecipou que ainda neste mês, a força lançará no exterior dois satélites radares, que poderão ser utilizados no monitoramento de queimadas e desmatamento, além de garimpos, com alta precisão.