"Agora começamos a avaliar toda a situação [após a imposição de sanções contra a Rússia]. Mas já se pode notar que os preços de todos os produtos aumentaram. As operações bancárias também são afetadas. Isso criou dificuldades, paralisou o sistema econômico e, claro, atinge principalmente os países pobres, que já enfrentam grandes problemas de abastecimento da população", disse o ministro, citando que há escassez de trigo nos mercados do país.
Segundo ele, a Rússia tem estado de prontidão para ajudar o Mali a lidar com as dificuldades, garantindo o acesso do país a grãos, fertilizantes e outros recursos.
"As sanções ocidentais afetam a todos. Obviamente, impactará a situação alimentar no mundo", afirmou Diop.
Para o ministro, muitas pessoas serão realmente "condenadas à morte", porque serão privadas de acesso à alimentação. Ele afirma que nem o fluxo de alimentos em ajuda humanitária será capaz de contornar a situação, "porque os laços financeiros, econômicos e comerciais internacionais estão severamente interrompidos".
"Nosso país já enfrentou problemas de segurança: terroristas matam muita gente. Mas, de acordo com as estatísticas que as organizações internacionais nos fornecem, os problemas de segurança alimentar provocam muito mais vítimas do que os ataques terroristas. Os políticos não prestam atenção suficiente a esse problema, embora isso realmente nos preocupe", inidcou.
Mais cedo, o embaixador-geral do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Oleg Ozerov, disse à Sputnik que vários países africanos pediram ajuda a Moscou quanto ao fornecimento de fertilizantes e alimentos.