Conforme dados dos interlocutores da agência, a ideia foi proposta pela ministra canadense Chrystia Freeland para ser discutida na reunião dos ministros das Finanças do G7, na semana passada. Freeland afirmou que certos empresários russos falaram com ela sobre o assunto, conhecidos pela ministra durante seu trabalho em Moscou.
A fonte especificou que os representantes ucranianos também estavam a par das discussões e não se opuseram à ideia de Ottawa. Ressalta-se que a proposta foi apresentada no contexto da adicional ajuda financeira a Kiev, a fim de que os ativos congelados dos oligarcas pudessem ser uma fonte do financiamento.
Recentemente, o comissário europeu para Justiça, Didier Reynders, afirmou que a União Europeia quer criar um fundo de apoio à Ucrânia, para que a propriedade confiscada e detida dos indivíduos que caíram nas restrições europeias possa ser redirecionada às compensações das vítimas ou à restauração do país.
Desde o início da operação especial russa de "desmilitarização" da Ucrânia, Bruxelas aprovou quatro pacotes de sanções contra pessoas físicas, organizações e setores financeiro e energético da Rússia.
Ao todo, restrições pessoais em função da situação na Ucrânia foram impostas contra 900 indivíduos. Trata-se dos líderes russos, inclusive todos os membros do Conselho de Segurança Nacional, outros políticos, representantes da mídia estatal, ambas as câmaras do parlamento e empresários e diretores de grandes empresas. As medidas restritivas preveem proibição à entrada nos territórios dos países da UE e o congelamento de ativos.