A votação do Conselho de Segurança da ONU, liderada pela embaixadora norte-americana Linda Thomas-Greenfield, foi realizada um dia depois de a Coreia do Norte conduzir um teste de lançamento de seu maior míssil balístico intercontinental e de outros dois.
A embaixadora americana definiu os testes norte-coreanos como "uma ameaça a toda a comunidade internacional", como se as ações dos EUA fossem diferentes.
Contudo, a China e a Rússia vetaram as novas sanções contra os norte-coreanos por motivos humanitários.
Os dois países apontaram a desumanidade das ações pretendidas pelos EUA e seus aliados enquanto a Coreia do Norte luta para conter a pandemia da COVID-19.
"Não acreditamos que sanções adicionais serão úteis para responder à situação atual. Elas apenas podem tornar as coisas ainda piores", afirmou o embaixador chinês para ONU, Zhang Jun.
Por sua vez, o representante russo, Vasily Nebenzya, afirmou que a aplicação de novas sanções contra a Coreia do Norte "é um beco sem saída".
"Enfatizamos a falácia, ineficiência e desumanidade da pressão das sanções contra Pyongyang", destacou o russo.
Contrariados com o veto, os EUA e seus aliados podem vir a tomar medidas unilaterais contra o país asiático, incluindo a imposição de sanções adicionais, caso o Conselho de Segurança da ONU não chegue a um acordo para lidar com os últimos testes de Pyongyang, segundo a embaixadora americana.
"Continuaremos buscando união e compromisso aqui na ONU em resposta aos avanços ilegais nas armas de destruição em massa e mísseis balísticos da Coreia do Norte e, na ausência desta união, continuaremos a ponderar ações unilaterais e outras ações coordenadas com nossos aliados e parceiros próximos, incluindo sanções", afirmou Linda Thomas-Greenfield.
Isso mostra novamente a política americana de que apenas os EUA têm o direito de desenvolver, testar e implantar armas em torno do mundo e, quando outros países fazem o mesmo, é considerado uma "ameaça" internacional.
Além disso, mostra que os EUA agem como crianças mimadas, que, quando não conseguem o resultado esperando, começam a espernear e utilizar quaisquer métodos, mesmo que isso prejudique toda a população de um país, que não tem culpa das ações de seus governantes, mas o mais importante não é o bem-estar do povo, mas sim os objetivos da Casa Branca, e isso é válido para a própria política interna dos EUA.