"No momento, as negociações estão congeladas por decisão do lado ucraniano. Esta é a primeira coisa que está absolutamente em contraste com as declarações de Zelensky que você referiu. Em segundo lugar, a liderança ucraniana faz constantemente declarações contraditórias. Isso torna impossível compreender totalmente o que eles querem e se estão prontos para mostrar uma atitude realista e compreender a situação real", declarou.
Anteriormente, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, declarou que as negociações com a Rússia são necessárias para acabar com o conflito, mas que a Rússia não estava disposta a dialogar.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, por sua vez, declarou que foram os próprios dirigentes ucranianos que pausaram as negociações com a Rússia e não responderam às propostas de Moscou sobre o projeto de tratado.
Peskov também comentou a ideia do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sobre uma aliança militar com Kiev, declarando que isso não passa de boatos da mídia, mas, se assim for, é "algo interno" e compromete a posição da União Europeia.
Anteriormente, o jornal Corriere Della Sera, citando suas fontes, informou que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, propôs a Zelensky criar uma aliança, uma cooperação europeia contra a Rússia, que além da Ucrânia, contaria com a Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia, podendo ainda incluir a Turquia posteriormente.
"Com todo o respeito ao Corriere Della Sera, ainda assim, trataremos isso como um boato da mídia. As reportagens da mídia agora não podem ser tomadas como fontes primárias, é preciso questioná-las. Em segundo lugar, não sabemos se Boris Johnson teve ou não esta iniciativa. Neste caso, pode significar que ele propõe esta 'discussão' para comprometer a posição da UE, ou seja, uma posição comum da UE, que o próprio Reino Unido abandonou. Mas não sabemos o quanto esta informação é confiável, por isso vamos seguir observando", afirmou.