Panorama internacional

Sanções aumentaram retornos da Rússia do petróleo e gás em recorde de 1,6 bi de rublos, diz portal

Os retornos russos da exportação do gás e petróleo cresceram de novo para valores recordes, apesar das sanções ocidentais impostas contra Moscou, escreveu o analista Robert Rapier em artigo para o portal americano Oil Price.
Sputnik
O autor da matéria referiu-se aos dados do especialista Janis Kluge, do Instituto alemão de Relações Exteriores e Segurança, conforme os quais os recebimentos de dinheiro pelo país euroasiático da venda dos recursos energéticos cresceram pela metade.

"As receitas do petróleo e gás da Rússia atingiram outro recorde em abril, 1,8 trilhão de rublos [R$ 130 bilhões] em um único mês, após 1,2 trilhão em março [R$ 86 bilhões]. Depois de apenas quatro meses, o orçamento federal da Rússia já recebeu 50% da receita planejada de petróleo e gás para 2022 (9,5 trilhões de rublos [R$ 680 bilhões])", cita o portal.

Segundo nota Rapier, ele tinha alertado que as medidas restritivas do Ocidente poderiam mesmo beneficiar Moscou. Anteriormente o especialista prognosticou que a Rússia teria sucesso se conseguisse vender como antes os recursos energéticos aos países que se recusaram a apoiar as sanções.

"Não há maneira de remover completamente o petróleo russo do mercado sem permitir que os preços do petróleo aumentem – talvez para US$ 200 [R$ 954] por barril. Além disso, à medida que os preços do petróleo sobem, aumenta a atratividade do petróleo russo. Neste momento, a China e a Índia, por exemplo, têm um enorme incentivo para comprar petróleo russo com desconto", explicou o analista.

Panorama internacional
Bloomberg: Ásia se torna maior importadora de petróleo russo e supera Europa pela 1ª vez
Os países ocidentais enfrentaram problemas econômicos – alta nos preços da energia e inflação severa – após sanções terem sido impostas a Moscou pela operação especial na Ucrânia. As medidas afetaram principalmente o setor financeiro e os suprimentos de produtos de alta tecnologia. Enquanto isso, na Europa surgiram cada vez mais apelos para se reduzir a dependência da energia russa.
Comentar