Panorama internacional

Estudo de associação italiana afirma que embargo ao gás russo prejudicaria PIB de Roma

Perder o fornecimento de gás da Rússia levaria a uma séria escassez de combustível para a indústria e o setor de serviços do país, diz estudo.
Sputnik
Um embargo ao gás russo poderia levar a uma grave escassez de combustível crucial para os setores industrial e de serviços da Itália, de acordo com um estudo publicado no sábado (28) pela associação de industriais italianos, a Confindustria.
"Um possível bloqueio das importações de gás natural da Rússia, principal fornecedor da Itália nos últimos anos, pode ter um impacto muito forte na já enfraquecida economia italiana. Tal choque causaria uma séria escassez de volumes de gás para a indústria e serviços e um aumento adicional nos custos de energia", afirmam os analistas por trás do estudo.
O estudo afirma que se a Itália for privada do gás russo, o Produto Interno Bruto (PIB) de 2022-2023 reduziria uma média de 2% ao ano. Ainda de acordo com os analistas, após uma queda no crescimento econômico de 0,2% no primeiro trimestre, "no segundo trimestre de 2022, o cenário para a Itália continuaria difícil devido à continuação do conflito na Ucrânia".
Segundo os dados da pesquisa, abril e maio confirmam uma combinação de preços crescentes de commodities, escassez de oferta e alta incerteza de mercado. Ao mesmo tempo, baixas taxas de infecções por COVID-19 podem dar algum tipo de suporte ao consumo, embora, no geral, a tendência pareça negativa, concluiu o estudo.
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Juntamente com a Alemanha e outras nações europeias, a Itália vem se movendo para reduzir a dependência da energia russa depois que Moscou lançou sua operação militar especial na Ucrânia, em fevereiro. O conflito e as consequentes sanções ocidentais contra a Rússia colocaram em risco a disponibilidade de suprimentos de energia russos no mercado global e elevaram os preços da energia.
O ministro da Modernização e Transformação Ecológica da Itália, Roberto Chingolani, disse recentemente que o país só deve ser capaz de rejeitar completamente as importações de gás russo no segundo semestre de 2024.
No entanto, a Itália continua importando a commodity, já que 45% de demanda é coberta pela Rússia. Na semana passada, Roma supostamente permitiu que as empresas abrissem contas em rublos no Gazprombank da Rússia para cumprir o esquema de pagamento determinado por Moscou e garantir o fornecimento.
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