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Impacto do bombardeio de Israel em Gaza é semelhante ao uso de armas químicas, diz ONG

Projéteis disparados por Israel atingiram um armazém de agroquímicos. A explosão criou uma fumaça tóxica que deixou milhares de moradores com problemas de saúde.
Sputnik
Um ataque aéreo israelense a um depósito de agroquímicos durante a guerra do ano passado em Gaza equivaleu ao "uso indireto de armas químicas", segundo um relatório da ONG Forensic Architecture.
Os projéteis de artilharia incendiários disparados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) atingiram um grande armazém de ferramentas farmacêuticas e agrícolas no norte da Faixa de Gaza, em 15 de maio de 2021.
A explosão causou um incêndio que consumiu centenas de toneladas de pesticidas, fertilizantes, plásticos e náilons.
Segundo a Forensic Architecture, a nuvem tóxica gerada, que envolveu uma área de 5,7 quilômetros quadrados, deixou os moradores com problemas de saúde. Há relatos de abortos espontâneos e indícios de danos ambientais.
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A extensa investigação, que envolveu a análise de imagens de telefones celulares e drones, dezenas de entrevistas com moradores, e especialistas em dinâmica de fluidos, usou modelagem 3D do armazém para determinar as circunstâncias do ataque.
Peritos concluíram que, embora armas convencionais tenham sido usadas no ataque aéreo, "o bombardeio do armazém, com conhecimento da presença de produtos químicos tóxicos armazenados nele, equivale ao uso de armas químicas por meios indiretos".
Cerca de 250 pessoas morreram em Gaza na guerra de 11 dias, em maio passado, entre Israel e o Hamas, o grupo militante palestino que controla a faixa sitiada.
As FDI disseram, em comunicado publicado pelo The Guardian, que, em resposta aos ataques do Hamas, Israel "realizou uma série de ataques a alvos militares legítimos na Faixa de Gaza" no ano passado, durante a operação Guardião dos Muros.
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