Panorama internacional

Líderes da UE concordam com proibição parcial de importações de petróleo da Rússia

Após discussões em Bruxelas, os líderes dos países da União Europeia (UE) concordaram com a proibição parcial das importações de petróleo da Rússia.
Sputnik
Após semanas de divergências, a União Europeia concordou em levar adiante um sexto pacote de sanções para atingir a economia russa, anunciou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
A última rodada de sanções cobre mais de dois terços das importações de petróleo russas para o bloco de 27 membros.

"Foi alcançado um acordo sobre um embargo às importações de petróleo russo para a UE. Isso afeta imediatamente dois terços das importações de petróleo da Rússia", escreveu o chefe do Conselho Europeu.

Michel também confirmou que o sexto pacote de sanções incluirá uma proibição parcial das importações de petróleo russo e a censura de três canais de TV russos com operações na UE.
Ele explicou que dentro do sexto pacote de sanções da UE está inclusa a desconexão do Sberbank do sistema SWIFT (sigla em inglês para Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais).
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De acordo com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, até o fim do ano o bloco "realmente reduzirá as importações de petróleo russo em 90%".
Na última terça-feira (24), Von der Leyen revelou em entrevista que a Europa ainda dependia dos hidrocarbonetos russos e que a Rússia podia sair beneficiada optando por outros mercados.

"A União Europeia não pode impor uma proibição total e imediata ao abastecimento energético russo", disse ela.

A UE impôs cinco rodadas de sanções à Rússia entre o fim de fevereiro e o início de abril, desde o começo da operação militar especial desta na Ucrânia.
No entanto, a sexta rodada de sanções, que inclui um embargo ao petróleo e ao gás russos, tem demorado a entrar em vigor devido à alta dependência do bloco dos hidrocarbonetos da Rússia, com países como a Hungria, em particular, mas também Alemanha, Eslováquia, República Tcheca e Bulgária demonstrando sofrer com uma proibição imediata ao fornecimento.
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O Ocidente intensificou a pressão das sanções sobre Moscou após o início da operação especial, que tem o objetivo de "desnazificar" e "desmilitarizar" a Ucrânia.
O presidente Vladimir Putin disse que a política de conter e enfraquecer a Rússia é uma estratégia de longo prazo de países hostis e que as sanções foram um duro golpe em toda a economia global.
Segundo ele, o principal objetivo dos Estados Unidos e da Europa é piorar a vida de milhões de pessoas.
Ele acrescentou que os eventos atuais traçam uma linha do domínio global do Ocidente tanto na política quanto na economia.
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