O instituto apontou que 69% dos entrevistados se opõem à declaração do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que "o povo armado jamais será escravizado".
A taxa sobe entre mulheres (73%), no Sudeste (73%) e entre pessoas autodeclaradas pretas (73%), conforme noticiou o jornal Folha de S.Paulo.
Apenas 28% dos brasileiros disseram concordar com a declaração. O percentual é maior na região Norte (40%), entre pessoas com renda superior a dez salários mínimos (41%) e entre empresários (52%).
Além disso, 72% rejeitaram a frase "A sociedade seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência", de acordo com a pesquisa. O percentual de discordância é maior entre mulheres (78%), entre pessoas que se declaram pretas (78%) e entre aqueles que estão na menor faixa de renda, de até dois salários mínimos (75%).
Entre os grupos que concordam com o porte de armas de fogo como forma de aumentar a proteção contra a violência estão pessoas do sexo masculino (32%), da região Norte (33%) e com renda familiar de mais de dez salários mínimos (37%).
Presidente Jair Bolsonaro faz gesto de arma durante cerimônia no Palácio do Planalto. Foto de arquivo
© Folhapress / Mateus Bonomi/Agif
Em outro recorte, 71% dizem discordar da ideia de que "é preciso facilitar o acesso de pessoas às armas". A proporção é maior entre mulheres (77%), entre pessoas autodeclaradas pretas (78%) e entre jovens de 16 a 24 anos (75%).
Os grupos que mais concordam com a facilitação do acesso a armas também são homens (35%), pessoas da região Norte (34%) e aqueles com renda superior a dez salários mínimos (37%).
A pesquisa ouviu 2.556 pessoas de 181 municípios do país nos dias 25 e 26 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.