Ciência e sociedade

Sinal de rádio de estrela é descoberto em 'cemitério' estelar de nêutrons

Uma equipe de astrônomos descobriu uma estrela incomum de nêutrons nas ondas de rádio provenientes da constelação da Vela, no hemisfério celestial sul.
Sputnik
Os sinais repetitivos, interceptados pelo radiotelescópio MeerKAT, localizado na África do Sul, chegam à Terra a cada 76 segundos, completando sua rotação neste lapso, informou a Universidade de Sydney, na Austrália.
Inicialmente, a estrela foi detectada a partir de um único pulso que durou aproximadamente 300 milissegundos.
Posteriormente, imagens simultâneas e consecutivas do céu no espectro de rádio confirmou que estes pulsos eram múltiplos, e que o ritmo de sua rotação tinha um valor único em sua classe.
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Geralmente, os pulsos das estrelas de nêutrons duram entre 20 e 30 milissegundos. Por sua vez, os 76 segundos atribuídos ao novo objeto, designado como PSR J0941-4046, eram uma velocidade de rotação lenta para um pulso.
O conjunto de dados coletados indicou uma classe completamente nova de emissores de radiofrequências, que seria outra variedade de estrelas de nêutrons de período ultralongo.
Além disso, o objeto chamou a atenção por se encontrar em um "cemitério" de estrelas de nêutrons, uma área próxima ao sistema binário Vela X-1.
A idade estimada do estranho pulsar é de cerca de 5,3 milhões de anos e parece produzir pelo menos sete formas de pulso diferentes, enquanto a maioria das estrelas de nêutrons não exibem variedade comparável, revela o estudo.
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