Na sua opinião, o processo de armamento da Ucrânia provocará o aumento de tráfico de armas, primeiramente armas de fogo.
"Já vimos isso na região dos Bálcãs. Vimos nos teatros de guerra em África, onde, claro, grupos do crime organizado tentam explorar esta situação caótica, disponibilidade de armas e até mesmo armas que são usadas pelos militares", relembrou ele.
O chefe da polícia criminal internacional notou que os países fornecedores de Kiev devem consolidar as bases de dados para melhor controlar o movimento das armas.
É preciso "usar intensivamente as bases de dados disponíveis, que podem ajudar a rastrear as armas, por exemplo, as roubadas em outro país. [...] Nenhum país da nossa região consegue lidar com isso isolado, porque os criminosos de que falo estão operando globalmente", ressaltou ele.
Em meio à operação especial russa em Donbass, Washington e seus aliados da OTAN continuam enviando armas à Ucrânia. Moscou tem declarado repetidamente que as entregas de armamento ocidental apenas fazem arrastar o conflito.
Nesta quarta-feira (1º), o novo pacote de ajuda militar a Kiev foi oficialmente aprovado pelo presidente norte-americano, Joe Biden, que inclui quatro sistemas modernos HIMARS, capazes de atingir alvos a distâncias de até 80 km. Porém, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, prometeu recentemente que essas armas não serão usadas para atacar o território russo.