Após aceitar ir à Cúpula das Américas liderada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, entre os dias 6 e 10 de junho em Los Angeles, expectativas e metas envolvendo o encontro entre Jair Bolsonaro (PL) e o mandatário norte-americano começam a ser reveladas.
De acordo com o Estadão, Washington espera que Bolsonaro seja signatário de um documento em defesa da democracia, o qual também prevê o apoio ao trabalho de observadores eleitorais. O tema faria parte de uma das declarações de intenções que a Casa Branca pretende emplacar durante o evento, relata o jornal.
Os EUA têm emitindo sinais ao governo brasileiro que demonstram a preocupação com as investidas de Bolsonaro contra o sistema eleitoral. Entretanto, para o secretário das Américas do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Pedro Miguel da Costa e Silva, "o Brasil não está na lista de países que têm problemas com missões eleitoras",
"O Brasil está participando desde o início do processo negociador em espírito construtivo e aberto. Essa declaração [sobre democracia e direitos humanos] não coloca nenhum problema para o Brasil, porque o país cumpre com tudo o que lá está e participa ativamente e apoia as missões de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos [OEA]", afirmou o embaixador citado pela mídia.
O pleito brasileiro deste ano está causando forte movimento impulsionados por órgãos governamentais e autoridades nacionais e internacionais, que se posicionam a favor da democracia e contra as dúvidas lançadas por Bolsonaro em relação ao sistema de votação.
Apesar do texto proposto pelo governo norte-americano apoiar o trabalho de observadores eleitorais, o Itamaraty e o poder Executivo já lançaram nota e declaração, respectivamente, se mostrando contrários à presença de tais grupos.
O MRE do Brasil se manifestou contra a vinda de observadores da União Europeia, e o presidente debochou da atuação de espectadores no geral perguntando de forma irônica se eles teriam acesso ao "código-fonte" das urnas eletrônicas, conforme noticiado.