Segundo escreveu o especialista, alguns consideram que a Turquia, um membro importante da OTAN, pode impedir a Finlândia e a Suécia de aderirem à aliança militar. Ao mesmo tempo, segundo ele, se olharmos para as recentes ações da Rússia entende-se que o país resiste à expansão do bloco através de uma série de contramedidas multilaterais.
"Em primeiro lugar, o Kremlin emitiu um aviso severo de que uma nova rodada de expansão da Aliança terá consequências graves", aponta Wang. A Rússia disse a estes países nórdicos que não se deve avaliar erroneamente a situação, salientando que uma "decisão errada" aumentaria as tensões regionais e não fortaleceria a sua segurança.
A segunda medida implica o reforço do papel da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), salienta o autor.
Em terceiro lugar, a Rússia ficou mais focada na interação com a Organização de Cooperação de Xangai (OCX), acrescenta o pesquisador. "Alguns analistas consideram que, no contexto do agravamento do conflito entre a Rússia e os EUA e a Europa e de ulterior expansão da OTAN, a cooperação entre a OTSC e OCX pode no futuro se estender a mais áreas", explica.
O quarto passo é o desenvolvimento abrangente da União Econômica Eurasiática (UEE). De acordo com Wang, diante das sanções econômicas e financeiras sem precedentes impostas pelos países ocidentais, a Rússia atribui cada vez maior importância ao papel desta associação.
Moscou tem repetidamente observado que a OTAN visa o confronto. O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, declarou que a expansão da Aliança não trará mais segurança para a Europa e que esse bloco militar tem uma natureza agressiva.