Ciência e sociedade

Terá NASA encontrado o Inferno? Cientistas prontos para ver um mundo que arde constantemente

A primeira olhada na história humana para as condições em uma superterra a 50 anos-luz da Terra acontecerá nas próximas semanas por meio do Telescópio Espacial James Webb, e a NASA prepara-se para ver o material dos pesadelos.
Sputnik
O planeta, de nome 55 Cancri e, orbita tão perto "sua estrela de tipo solar" que as condições na superfície poderiam ser literalmente como o Inferno na descrição bíblica: uma dimensão em um estado constante de queima.
Os dados mostram que o 55 Cancri e está a menos de 2,4 milhões de quilômetros de sua estrela: 1/25 da distância a que o Mercúrio superquente está do nosso Sol, informa a NASA.
"Com temperaturas de superfície muito acima do ponto de fusão de minerais típicos formadores de rochas, pensa-se que o lado diurno do planeta esteja coberto por oceanos de lava", relatou a agência espacial americana na semana passada, citada pelo portal phys.org.

"Imagine se a Terra estivesse muito, muito mais perto do Sol. Tão perto que um ano inteiro dura apenas algumas horas. Tão perto que a gravidade bloqueia um hemisfério em luz solar permanente e o outro em escuridão eterna. Tão perto que os oceanos fervem, as rochas começam a derreter e as nuvens chovem lava."

Nada disso existe no nosso Sistema Solar, segundo a NASA.
Entre as coisas que os cientistas esperam descobrir é se o planeta está "bloqueado por maré, com um lado virado para a estrela todo o tempo", ou se ele gira de uma forma que criaria dia e noite.
Vistas iniciais do telescópio da NASA menos poderoso Spitzer mostram que algo misterioso acontece no 55 Cancri e, porque seu ponto mais quente não está no lado que enfrenta diretamente sua estrela.
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Já fora de nosso Sistema Solar, Voyager 1 da NASA tem enviado dados misteriosos
Uma teoria é que o planeta tem "uma atmosfera dinâmica que move o calor ao redor" dele, explica a NASA. Outra ideia é que o 55 Cancri e gira para criar dia e noite, mas com resultados de pesadelo.
"Nesse cenário, a superfície aqueceria, derreteria e até vaporizaria durante o dia, formando uma atmosfera muito fina que o telescópio Webb poderia detectar", diz a NASA.
"À noite, o vapor arrefeceria e se condensaria para formar gotas de lava que choveriam de volta para a superfície, solidificando novamente quando a noite cai."
Está previsto que o Telescópio Espacial James Webb esteja totalmente operacional em "apenas algumas semanas" e suas primeiras observações são esperadas até o verão, de acordo com a NASA.
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