De acordo com a PhysOrg, o artefato foi encontrado no sítio arqueológico de Palenque, no estado mexicano de Chiapas, e estava com a face orientada de leste a oeste, "o que simbolizaria o nascimento da planta de milho com os primeiros raios do sol", afirmou o comunicado do instituto na última terça-feira (31).
Segundo o instituto, a escultura fazia parte de "uma oferenda que foi colocada em uma lagoa, emulando a entrada da divindade no submundo, em um ambiente aquático".
Detalhes da escavação que revelou a escultura da divindade maia do milho, em sítio arqueológico no México
© AFP 2023 / INAH
De acordo com o pesquisador Arnoldo González Cruz, a descoberta revela mais sobre como os maias lidavam com o nascimento e a morte, inclusive de suas divindades.
A descoberta "nos permite começar a conhecer como os antigos maias de Palenque reviveram constantemente a passagem mítica do nascimento, morte e ressurreição da divindade do milho", disse o pesquisador.
A escultura descoberta nas ruínas maias no sítio arqueológico de Palenque, no sudeste do México, vista em detalhes
© AFP 2023 / INAH
Como a peça foi encontrada em condições úmidas, está em processo de secagem gradual antes de ser restaurada, disse o instituto.
De acordo com as crenças maias, o universo era dividido em três partes: o céu, a terra e o submundo. Em cada uma delas havia locais venerados que funcionavam como portais para o reino do submundo, como cavernas e cenotes (cavidades naturais no solo comumente preenchidas por água).