Panorama internacional

Bennett: Israel prefere diplomacia, mas pode resolver questão nuclear do Irã de 'forma independente'

Governo israelense alerta à agência nuclear da ONU que pode agir sozinho diante da questão do programa nuclear iraniano. Ao mesmo tempo, principal negociador do país persa em Viena diz que Tel Aviv só pode atacar o Irã em "seus sonhos".
Sputnik
Nesta sexta-feira (3), o primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, disse à Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA, na sigla em inglês) que prefere uma resolução diplomática em relação ao impasse com o programa nuclear do Irã, mas que Tel Aviv pode tomar uma ação independente, reiterando uma ameaça velada de longa data de lançar uma guerra preventiva.
Rafael Grossi, chefe da agência, está em Israel, e durante seu encontro com Bennett, o premiê enfatizou a "importância do Conselho de Governadores da AIEA entregar uma mensagem clara e inequívoca a Teerã em sua próxima decisão", segundo a Reuters.
"Embora prefira a diplomacia para negar ao Irã a possibilidade de desenvolver armas nucleares, Israel se reserva o direito de autodefesa e ação contra Teerã para interromper seu programa nuclear se a comunidade internacional não o fizer dentro do prazo relevante", disse o primeiro-ministro citado pela mídia.
A advertência ao chefe AIEA seguiu os apelos das potências ocidentais ao Conselho de Governadores do órgão para repreender o país persa por não responder a perguntas sobre vestígios de urânio em locais não declarados.
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Segundo a Reuters, na quinta-feira (2), o principal negociador nuclear iraniano, Ali Bagheri Kani, disse que Israel "só pode atacar o Irã em seus sonhos".
"E se eles têm um sonho assim, eles nunca vão acordar dele", disse Bagheri Kani em visita à Noruega.
Nesta semana, o Estado judeu sinalizou alcance estratégico ao tornar público um exercício de ataque da força aérea sobre o mar Mediterrâneo e a rara manobra de um submarino naval no mar Vermelho.
Além desses exercícios, o país israelense promoveu treinamento no Chipre para lutar contra possíveis investidas do Hezbollah a partir do Líbano, conforme noticiado.
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