O discurso de Biden ocorreu dias após um ataque a uma escola primária de Uvalde, no estado norte-americano do Texas, que deixou 19 crianças e dois professores mortos no final de maio. No mesmo mês, um ataque em um supermercado de Buffalo, em Nova York, vitimou dez pessoas.
"Eu sei que não podemos evitar todas as tragédias, mas aqui está o que acho que podemos fazer: banir armas de assalto e magazines de alta capacidade", afirmou o presidente norte-americano durante seu discurso realizado na Casa Branca.
Biden também fez um apelo para que caso isso não seja possível, que seja aprovado um aumento da idade mínima para comprar armas no país de 18 anos para 21 anos, assim como fortalecer a checagem de histórico de antecedentes dos compradores.
O chefe da Casa Branca afirmou que respeita os donos de armas legais do país, mas que os direitos constitucionais de possuir armas nos EUA não são absolutos. Biden ressaltou que sempre houve limitações a quais armas os civis norte-americanos podem ter e citou o caso das metralhadoras, reguladas no âmbito federal dos EUA há quase 90 anos.
Polícia no entorno do supermercado Tops em Buffalo, nos EUA, em 14 de maio de 2022.
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Mais cedo, a presidente da Câmara dos Representantes, deputada Nancy Pelosi, afirmou que o órgão votará leis sobre o controle de armas nos EUA na semana que vem, incluindo o aumento da idade mínima para a obtenção de determinados tipos armas para 21 anos, entre outras medidas.
Tentativas anteriores de legislar sobre o controle de armas no país foram frustradas no Senado. No entanto, há uma expectativa de maior apoio para medidas de controle de armas na câmara alta dos EUA devido ao clima de indignação instaurado pelos recentes massacres no país.