Os resultados da pesquisa, publicados na The Astrophysical Journal, representam uma grande mudança na nossa compreensão do grande cosmos e tem derrubado as suposições anteriores sobre o Universo mais amplo.
Enquanto grande parte da galáxia permanece um mistério – na verdade, o nosso conhecimento do espaço interestelar, ou seja, fora do nosso Sistema Solar, é muito pouco comparando com o que sabemos sobre o Sistema Solar em si – a distribuição de estrelas e das suas massas é algo que conhecemos bem. Supunha-se, então, que as estrelas em outras galáxias eram semelhantes neste aspecto, escreve The Jerusalem Post.
Apesar disso, a maioria dos cientistas assumia que a massa das estrelas seria diferente em algum grau entre galáxias. Era simplesmente impossível descobrir essa variação, então o uso de um modelo universal foi feito por necessidade.
Cientistas do Instituto Niels Bohr da Universidade de Copenhague analisaram em seu estudo cerca de 140.000 galáxias em todo o Universo e chegaram à conclusão que as estrelas em galáxias distantes são muito mais pesadas.
Galáxias distantes são difíceis de observar da Terra, tal como as estrelas distantes de toda a galáxia. Mas existem galáxias que estão a bilhões de anos-luz de nós. Por isso, geralmente apenas a luz de suas estrelas mais brilhantes é visível. Como tal, o que sabíamos sobre estas galáxias era pouquíssimo.
No entanto, a pesquisa foi capaz de fazer uso do catálogo da Pesquisa da Evolução Cósmica (COSMOS) da Caltech, que contém um massivo banco de dados de luz observada de outras galáxias em todo o Universo conhecido.
Em sua análise, os cientistas concluíram que as estrelas em galáxias distantes são muito mais massivas do que as existentes na Via Láctea.
"Agora que somos mais capazes de decodificar a massa das estrelas, podemos ver um novo padrão; as galáxias menos massivas continuam a formar estrelas, enquanto as galáxias mais massivas cessam de criar novas estrelas. Isso sugere uma tendência notavelmente universal na morte de galáxias" explicou um dos autores do estudo, Albert Sneppen.
Sabe-se que as estrelas maiores têm períodos de vida mais curtos em comparação com o Sol. E uma vez que as estrelas mais maciças têm vidas mais curtas, isso também pode ter impacto na frequência de supernovas e buracos negros.