"Para ter uma força aérea de um tamanho razoável [e a um preço] acessível temos que introduzir algumas plataformas de menor custo", afirmou Kendall durante discurso na quarta-feira (1º) na Heritage Foundation, um think tank baseado na capital norte-americana, Washington.
Isso significa passar a adquirir plataformas não tripuladas de baixo custo que possam voar em conjunto com aeronaves tripuladas.
De acordo com o jornal Air Force Magazine, a Força Aérea dos EUA planeja no ano fiscal de 2023 retirar do serviço 250 aeronaves e adquirir apenas 82, incluindo 33 caças F-35 e 24 aeronaves F-15EX. Desta forma, a Força Aérea americana ficaria com metade dos aviões que tinha durante a Guerra Fria.
Kendall observou que cada um dos caças mencionados custa mais de US$ 80 milhões (R$ 384,2 milhões), acrescentando que uma aeronave desenvolvida no âmbito do programa domínio aéreo de próxima geração (NGAD, na sigla em inglês) custaria "muito mais" do que essa quantia, e um bombardeiro estratégico B-21 custa "várias centenas de milhões" de dólares.
"Temos com certeza um problema de viabilidade e a maneira de alcançar isso é começar a comprar coisas que custam menos", notou o secretário norte-americano.
Por fim, Kendall disse que manter a estrutura de força reduzida é necessário para construir um tipo correto de força aérea para desafiar a China, porque o serviço deve liberar o financiamento para o desenvolvimento de futuras plataformas de ponta.
Por sua vez, o pesquisador sênior John Venable do Heritage Foundation notou que cerca de 400 caças seriam descomissionados nos próximos cinco anos, segundo os planos atuais da Força Aérea norte-americana, o que reduziria ainda mais o poder de combate dos EUA.