No Brasil, o aborto é permitido somente em casos de estupro, risco para a mãe e anencefalia do feto. A última hipótese foi garantida após uma decisão de 2012 do Supremo Tribunal Federal (STF). Nas demais ocasiões, a prática é considerada crime.
Segundo o levantamento, 40% dos brasileiros consideram que a lei deveria permanecer como está, conforme noticiado pelo jornal Folha de S.Paulo. Na pesquisa anterior, de dezembro de 2018, eram 35% os que concordavam com a lei atual. Entre as pessoas mais escolarizadas e as mais ricas a taxa sobe para 45% e 50%, respectivamente.
Concentração ao lado da Suprema Corte dos EUA durante manifestação a favor do aborto da Marcha das Mulheres, em Washington, 2 de outubro de 2021. Foto de arquivo
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A parcela que avalia que a legislação deveria permitir a interrupção da gravidez em mais situações subiu de 16% para 18%. Além disso, cresceu de 6% para 8% a taxa dos que defendem a descriminalização total do aborto. As duas variações estão no limite da margem de erro.
No recorte apenas com mulheres, o levantamento aponta que 9% delas concordam que o aborto deveria ser legalizado em todas as ocasiões.
Os mais jovens compõem a parcela que mais concorda com a flexibilização da legislação. A taxa dos que defendem a interrupção em mais situações é de 27%, nove pontos percentuais acima da média. Já a taxa daqueles que são favoráveis ao aborto em qualquer situação pula de 8% para 15% entre os jovens.
O instituto ouviu 2.556 pessoas em 181 municípios do país entre os dias 25 e 26 de maio. A margem de erro da pesquisa é de 2%, para mais ou para menos.