Panorama internacional

OMS confirma 780 casos de varíola dos macacos em 27 países

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, neste domingo (5), que 780 pessoas já foram diagnosticadas com varíola dos macacos em 27 países ao redor do mundo.
Sputnik

"De 13 de maio a 2 de junho de 2022, 780 casos de varíola dos macacos confirmados em laboratório foram relatados ou identificados pela OMS em 27 Estados-membros, em quatro regiões que não são endêmicas para o vírus", disse a organização em comunicado, ressaltando que "a maioria dos casos não está associada a viagens de áreas endêmicas".

Na nota, a OMS afirma ainda que avalia o risco global da doença como moderado, "considerando que esta é a primeira vez que muitos casos de varíola dos macacos são relatados simultaneamente em países não endêmicos e endêmicos em áreas geográficas muito díspares".
De acordo com o comunicado, não houve mortes associadas ao atual surto de varíola no último reportado, na última quinta-feira (2), porém casos e mortes "continuam sendo relatados em países endêmicos".
A organização indicou que os países com mais casos são o Reino Unido, com 207, seguido de Espanha (156) e Portugal (138).
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Varíola dos macacos: sintomas, letalidade e transmissão
A varíola dos macacos é uma doença zoonótica (de transmissão entre animais e humanos), com sintomas como febre, dor de cabeça e dores musculares, linfonodos inchados, calafrios e cansaço, além de erupções nas mãos e rosto, semelhantes às identificadas na varíola tradicional, embora menos graves.
A transmissão ocorre através do contato próximo com uma pessoa infectada, um animal portador ou objetos contaminados.
Segundo a OMS, a taxa de mortalidade variou nas diferentes epidemias, mas foi inferior a 10% nos eventos documentados. Originária da África, a doença foi recentemente registrada em mais de uma dezena de países europeus, bem como na Argentina, México, Austrália, Israel, Canadá, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Afeganistão e Sudão.
Na última segunda-feira (30), a líder técnica para varíola do Programa de Emergências em Saúde da organização, Rosamund Lewis, afirmou que é improvável que a disseminação da doença provoque uma pandemia como a da COVID-19.
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