Em meio ao esvaziamento da Cúpula das Américas e ao risco de um boicote generalizado, o governo de Joe Biden decidiu fazer um "esforço para salvar" o encontro entre os líderes do continente, escreve o portal Uol.
A ideia é promover e assinar uma declaração conjunta sobre mudanças climáticas e meio ambiente. Os compromissos, segundo a publicação, foram considerados "complicados" por parte do governo de Jair Bolsonaro.
Segundo diplomatas brasileiros, aspectos do texto proposto pelos norte-americanos foram recebidos com preocupação pelo Palácio do Planalto. Por enquanto não existe um entendimento sobre o tema.
Diplomatas do Itamaraty também estimam que o desaparecimento do correspondente do jornal The Guardian, na Amazônia, possa aumentar a pressão sobre Bolsonaro.
O jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira desapareceram quando realizavam uma expedição a uma das zonas mais isoladas da floresta. O brasileiro estava sendo alvo de ameaças.
A cúpula ocorre nesta semana, em Los Angeles, e se transformou em um risco diplomático para a Casa Branca, depois que Washington decidiu que não convidaria Cuba, Venezuela e Nicarágua.
Na semana passada, dez países da região criticaram a decisão, sendo que o México confirmou, nesta segunda-feira (6), que boicotará o evento.
Negociadores apontam que o que era para ser uma declaração para mostrar a cooperação da região agora ameaça mostrar a distância que existe entre os países.