Panorama internacional

Finlândia se surpreende por Rússia não 'ter retaliado' ante inscrição de Helsinque para OTAN

Antti Pelttari, chefe do serviço de inteligência finlandês Supo, se mostrou surpreso por Rússia não ter respondido à solicitação de participação de Helsinque com represálias.
Sputnik
De acordo com ele, a Finlândia permanece "vigilante" em relação à "travessura russa", que não se materializou até agora.

"Tem estado bastante calmo e vamos esperar que continue assim", disse Pelttari ao The Financial Times. "É uma coisa positiva que nada tenha acontecido. Mas também é uma coisa positiva que nós tenhamos sido preparados e capazes de proteger a sociedade."

De acordo com Pelttari, as autoridades finlandesas esperam que o presidente russo, Vladimir Putin, aceite a sua decisão de aderir à OTAN, mas acreditam que o Kremlin pode estar esperando influenciar as decisões sobre a instalação de tropas estrangeiras ou, possivelmente, até mesmo armas nucleares no território finlandês, uma vez que a Finlândia faça parte da aliança.
Até agora, a Finlândia não mostrou nenhum interesse nem em tropas estrangeiras nem em armas nucleares, porém, não as descartou abertamente, ao contrário de sua vizinha Suécia.
Em meados de maio, a Suécia e a Finlândia abandonaram formalmente as décadas de não alinhamento e em conjunto enviaram solicitação para ingressar na Aliança Atlântica, citando a mudança dramática na segurança na Europa provocada pela crise ucraniana.
Panorama internacional
Finlândia compara adesão à OTAN ao 'purgatório'
Moscou repetidamente falou que a expansão da OTAN não trará mais segurança à Europa. O chanceler russo, Sergei Lavrov, até afirmou que o bloco há muito considerava a Suécia e a Finlândia formalmente não alinhadas como parte de seu território, razão pela qual sua adesão formal "não mudará muito a situação".
Mesmo assim, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que 12 unidades e divisões militares serão deslocadas na região ocidental em resposta às propostas de Estocolmo e Helsinque, descrevendo isso como "contramedidas adequadas".
Contudo, a solicitação de novos candidatos deve ser aprovada unanimemente, mas a Turquia, membro do bloco desde 1952 e país com o maior Exército dentro da aliança tirando os EUA, expressou oposição. Ancara se recusou a aceitar dois aspirantes nórdicos, referindo-se ao apoio deles ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e à milícia curda (YPG), ambos listados como organizações terroristas pela Turquia.
Comentar