De acordo com ele, a Finlândia permanece "vigilante" em relação à "travessura russa", que não se materializou até agora.
"Tem estado bastante calmo e vamos esperar que continue assim", disse Pelttari ao The Financial Times. "É uma coisa positiva que nada tenha acontecido. Mas também é uma coisa positiva que nós tenhamos sido preparados e capazes de proteger a sociedade."
De acordo com Pelttari, as autoridades finlandesas esperam que o presidente russo, Vladimir Putin, aceite a sua decisão de aderir à OTAN, mas acreditam que o Kremlin pode estar esperando influenciar as decisões sobre a instalação de tropas estrangeiras ou, possivelmente, até mesmo armas nucleares no território finlandês, uma vez que a Finlândia faça parte da aliança.
Até agora, a Finlândia não mostrou nenhum interesse nem em tropas estrangeiras nem em armas nucleares, porém, não as descartou abertamente, ao contrário de sua vizinha Suécia.
Em meados de maio, a Suécia e a Finlândia abandonaram formalmente as décadas de não alinhamento e em conjunto enviaram solicitação para ingressar na Aliança Atlântica, citando a mudança dramática na segurança na Europa provocada pela crise ucraniana.
Moscou repetidamente falou que a expansão da OTAN não trará mais segurança à Europa. O chanceler russo, Sergei Lavrov, até afirmou que o bloco há muito considerava a Suécia e a Finlândia formalmente não alinhadas como parte de seu território, razão pela qual sua adesão formal "não mudará muito a situação".
Mesmo assim, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que 12 unidades e divisões militares serão deslocadas na região ocidental em resposta às propostas de Estocolmo e Helsinque, descrevendo isso como "contramedidas adequadas".
Contudo, a solicitação de novos candidatos deve ser aprovada unanimemente, mas a Turquia, membro do bloco desde 1952 e país com o maior Exército dentro da aliança tirando os EUA, expressou oposição. Ancara se recusou a aceitar dois aspirantes nórdicos, referindo-se ao apoio deles ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e à milícia curda (YPG), ambos listados como organizações terroristas pela Turquia.