De acordo com Daily Express, a ministra estoniana observou que as decisões de Bruxelas relativamente às novas medidas restritivas estão se tornando cada vez mais difíceis de tomar, principalmente devido à inflação e ao aumento dos preços de fontes de energia na UE.
"Estamos em um ponto em que as sanções começam a ferir o nosso lado. No início as sanções eram difíceis apenas para a Rússia, mas agora estamos chegando a um ponto em que as sanções são dolorosas para os nossos próprios países, e agora a questão é quanta dor estamos dispostos a suportar", disse Kallas.
A situação "é diferente para países diferentes. É muito difícil manter a unidade. Está ficando cada vez mais difícil por causa da alta inflação e dos preços da energia", acrescentou a ministra da Estônia.
A inflação média da zona do euro foi de 8,1% em maio. No Reino Unido a taxa se mantém nos 9%.
A Estônia, no entanto, registrou o valor mais elevado no bloco continental com 20%. Em meados de maio, o primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban afirmou que as sanções contra Moscou são eficazes apenas no papel.
Orban considera que a crise energética e o aumento das taxas de juros conduzirão a uma era de recessão na Europa. Segundo ele, o conflito na Ucrânia e a política de sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia provocaram a crise energética.