Os preços da gasolina nos EUA atingiram uma nova alta, com a média nacional estando agora em US$ 4,955 (R$ 24,14) por galão (medida representando cerca de 4,55 litros) na terça-feira (7), indicam os dados da AAA.
Trata-se de quase US$ 0,30 (R$ 1,46) mais que uma semana atrás, quase US$ 0,62 (R$ 3,02) mais que um mês atrás e quase US$ 1,90 (R$ 9,26) acima dos valores de um ano atrás. O diesel, usado principalmente para o transporte de mercadorias e alimentos, também está em níveis recordes, sendo vendido a US$ 5,719 (R$ 27,86) a nível nacional.
As viagens de fim de semana do Dia do Memorial foram citadas pela AAA como um dos principais fatores que contribuíram para o aumento dos preços nesta semana.
"As pessoas ainda estão enchendo os tanques, apesar destes preços altos. Os motoristas podem em algum momento mudar seus hábitos diários de condução ou seu estilo de vida devido a estes preços altos, mas ainda não estamos lá", disse em uma declaração Andrew Gross, porta-voz da AAA.
Os preços do petróleo também seguem subindo, ficando acima dos US$ 120 (R$ 584,56) atualmente. A OPEP+ anunciou que aumentará a produção para 648.000 barris de petróleo em julho e agosto, mas é pouco provável que isso diminua os preços, já que o mercado se prepara para as sanções da União Europeia sobre o petróleo russo, que vão ser implementadas ao longo do ano.
O presidente dos EUA tem tomado medidas na tentativa de baixar os preços. Em março, Joe Biden autorizou a liberação de 180 milhões de barris de petróleo da reserva estratégica e atacou publicamente as empresas de petróleo e gás por aumentarem seus lucros. No entanto, até agora estes passos só tiveram um efeito temporário, se algum.
Gina Raimondo, secretária de Comércio da Casa Branca, admitiu na terça-feira (7) que há pouco que a Casa Branca possa fazer para combater os preços dos combustíveis.
Pesquisas recentes nos EUA apontam para a possibilidade de o preço do gás poder prejudicar os democratas em novembro. Ao todo, 74% dos eleitores dizem que o preço dos combustíveis será um fator decisivo quando forem às urnas, e apenas 27% dos entrevistados disseram que aprovam o tratamento do preço da gasolina por parte de Biden.