O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris, apresentaram nesta quinta-feira (9) uma série de medidas para enfrentar a crise climática, criar empregos verdes e reforçar a segurança energética.
A agenda, apresentada durante a Cúpula das Américas, vem com algumas medidas específicas, embora, mais uma vez, "sejam abundantes os compromissos genéricos", escreve o jornal El País.
Os Estados Unidos pretendem impulsionar a economia de energia limpa no continente, promovendo o comércio e o investimento na área e fomentando a colaboração regional por meio da iniciativa Energias Renováveis para a América Latina e o Caribe (RELAC, na sigla em inglês).
Para que o projeto seja implementado, cinco novos países trabalharão em conjunto com os 15 atuais membros da RELAC para atingir a meta de ter 70% de capacidade instalada para geração de energia renovável no setor elétrico da região até 2030.
Guiana, Jamaica e Barbados assumem as metas, enquanto Brasil e Argentina apoiarão a colaboração por meio da plataforma.
A ideia dos Estados Unidos é fornecer apoio financeiro à cooperação técnica da RELAC e dialogar com bancos regionais de desenvolvimento, instituições financeiras privadas e outros parceiros para mobilizar recursos adicionais.
Desmatamento no Brasil
Segundo o El País, os Estados Unidos assumirão um compromisso "modesto" na luta contra o desmatamento e anunciaram a contribuição de US$ 12 milhões (R$ 58,6 milhões) a Brasil, Colômbia e Peru em defesa da Amazônia, por meio da iniciativa privada Amazon Connect.
Trata-se de reduzir o desmatamento associado à exploração madeireira e de matérias-primas e as emissões de gases de efeito estufa relacionadas às cadeias de suprimentos agrícolas.
Caribe e a crise migratória
Kamala Harris lançará uma aliança dos EUA com países do Caribe para enfrentar a crise climática, de acordo com um alto funcionário do governo dos EUA.
Os EUA coordenarão os esforços (estimados em R$ 239 bilhões) de diversos bancos regionais de desenvolvimento para fazer os investimentos necessários ao enfrentamento do desafio climático.
O acesso ao financiamento será facilitado para os países que enfrentam desastres climáticos, como furacões, enchentes e crises em geral que causam grandes ondas de migração.