Panorama internacional

EUA propõem legislação para ajudar Israel e Estados árabes a fortalecerem defesas aéreas contra Irã

Na lista de países estão Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos, Egito, Jordânia, Iraque, Arábia Saudita, Catar, Omã e Kuwait. Congressistas norte-americanos acreditam que o país persa "está na linha de um metro em sua busca por uma arma nuclear" e enxergam necessidade de fortalecer seus aliados.
Sputnik
Na quinta-feira (9), grupos bipartidários de legisladores dos EUA na Câmara e no Senado apresentaram uma legislação destinada a criar um sistema integrado de defesa aérea para aumentar a cooperação entre Israel e estados árabes vizinhos contra o Irã, segundo o The Times of Israel.
De acordo com o jornal, a lei Deterring Enemy Forces and Enabling National Defenses – Dissuadir as Forças Inimigas e Habilitar as Defesas Nacionais, na tradução – (DEFEND, na sigla em inglês), é o mais recente esforço nos EUA para reforçar os Acordos de Abraão, intermediado pelo governo Trump entre Israel, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos em 2020.
Entretanto, a legislação autorizaria o Departamento de Defesa norte-americano a cooperar também com outros países, como Egito, Jordânia, Iraque, Arábia Saudita, Catar, Omã e Kuwait visando o combate à República Islâmica.
Um sistema de defesa integrado protegeria os países relevantes de "mísseis de cruzeiro e balísticos, sistemas aéreos tripulados e não tripulados e ataques de foguetes do Irã", afirma o projeto de lei.
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O projeto de lei está sendo apresentado no Senado pelos democratas Jacky Rosen e Cory Booker e pelos republicanos Joni Ernst e James Lankford. Na Câmara dos Representantes, pelos democratas Brad Schneider, David Trone e Jimmy Panetta e pelos republicanos McMorris Rodgers, Ann Wagner e Don Bacon.

"O Irã está na linha de um metro em sua busca por uma arma nuclear e está ameaçando nossos aliados na região de várias outras maneiras. Fortalecer nossos aliados construindo a unidade e aprimorando as capacidades de segurança compartilhadas é fundamental para enfrentar as ameaças iranianas à região", disse Schneider em comunicado citado pela mídia israelense.

O congressista acrescentou que "a liderança dos EUA, no desenvolvimento de defesa aérea e antimísseis integrada, forneceria segurança, estabilidade e defesa unificada essenciais à região".
No entanto, não ficou claro se algum dos países listados está a bordo de tal esforço ou se eles foram consultados pelos parlamentares norte-americanos antes da divulgação da legislação.
Com exceção do Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, o Estado judeu não tem vínculos formais com o restante dos países listados na lei DEFEND.
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