Nesta sexta-feira (10), o conselho de ministros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) adotou o "roadmap", ou seja, o itinerário com os termos, condições e processo de acessão do Brasil na entidade, segundo o jornal Valor Econômico.
Na reunião de hoje (10), que definiu o programa a ser cumprido – o qual inicia uma mecânica das negociações que tem um ponto de partida de pelo menos dois anos – não houve nenhuma objeção ao plano com o Brasil. O roadmap foi proposto e adotado com palmas por todos os participantes.
Considerando outros processos de entrada na entidade, toda a negociação pode demorar de três a cinco anos, segundo importantes negociadores ouvidos pelo jornal.
Durante o processo de aprovação, diferentes comitês da organização vão avaliar as práticas e políticas brasileiras em temas que vão de confiança nas instituições a desmatamento. A estrutura é idêntica para os cinco candidatos a sócios além do Brasil: Peru, Bulgária, Croácia e Romênia.
A mídia relata que a Argentina teve o convite congelado, depois que o governo de Alberto Fernández não se comprometeu com os valores da entidade nas condições que os atuais sócios queriam.
Ainda nesta sexta-feira (10), um representante do governo brasileiro vai conceder entrevista em Paris, depois da reunião ministerial da OCDE, segundo a mídia. No dia 22 de junho, o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann, será recebido pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, marcando simbolicamente o lançamento concreto do processo de acessão do país à entidade.