"Se alguém tentar separar Taiwan da China, entraremos na batalha sem hesitação e lutaremos a qualquer custo e até o fim", disse o ministro da Defesa, Wei Fenghe, na cúpula de segurança do Diálogo Shangri-La, em Cingapura.
Segundo o ministro, aqueles que buscam dividir a China, definitivamente, não terão um bom final".
"Ninguém deve subestimar a determinação e a capacidade das Forças Armadas chinesas de salvaguardar sua integridade territorial", afirmou.
Seu discurso ocorre um dia depois que o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, acusou a China de atividade militar "provocativa e desestabilizadora" perto da ilha. Pequim aponta que Taiwan é parte de seu território e aguarda a reunificação.
A ilha de Taiwan tem sido governada de forma independente da China continental desde 1949, quando se separou de Pequim durante uma guerra civil que resultou na tomada do controle pelo Partido Comunista. Pequim nunca reconheceu Taipé e espera que um dia ambos os lados do estreito de Taiwan sejam reunificados.
Venda de armas dos EUA a Taiwan
Na última sexta-feira (10), os EUA aprovaram a venda de peças de reposição no valor de US$ 120 milhões (R$ 589 milhões) para ajudar Taiwan a manter seus navios de guerra, segundo comunicado publicado pela Agência de Cooperação de Defesa e Segurança dos EUA (DSCA, na sigla em inglês).
Pequim considera a venda uma ação para desestabilizar a região e minar a soberania e interesses de segurança do país, além de comprometer a paz ao longo do estreito de Taiwan.
O porta-voz do Ministério da Defesa da China, Tan Kefei, citado pelo Global Times, afirmou que os norte-americanos violaram seriamente o princípio de Uma Só China, instando os EUA a cancelarem imediatamente a venda de armas à região de Taiwan, bem como seus laços militares.