Panorama internacional

Pentágono chama Ucrânia de 'prévia' de 'mundo de caos' em justificativa de 300.000 militares na Ásia

Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, referiu a operação militar especial da Rússia na Ucrânia para sugerir o fortalecimento da "ordem internacional baseada em regras".
Sputnik
A crise ucraniana é uma "prévia" do que pode acontecer na ausência da "ordem internacional baseada em regras" dominada pelos EUA e das botas americanas nos locais, deu a entender no sábado (11) Lloyd Austin, secretário de Defesa norte-americano.
"Portanto, vamos ser claros. A invasão russa da Ucrânia é o que acontece quando os opressores pisam as regras que nos protegem a todos. É o que acontece quando as grandes potências decidem que seus apetites imperiais importam mais do que os direitos de seus vizinhos pacíficos, e é uma prévia de um possível mundo de caos e tumulto em que nenhum de nós quereria viver", disse Austin na cúpula de segurança do Diálogo Shangri-La, em Cingapura.
Segundo o chefe do Pentágono, "vemos os perigos da desordem, então vamos aproveitar este momento para nos reunirmos com um fim. Vamos usar este momento para fortalecer a ordem internacional baseada em regras, e vamos usar este momento para pensar sobre o futuro que todos nós queremos".
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"É realmente por isso que estou aqui hoje. Os Estados Unidos estão firmemente ao lado de nossos parceiros para assegurar que continuemos caminhando rumo a essa visão compartilhada, e continuaremos fazendo nossa parte para reforçar a segurança no Indo-Pacífico. Mais membros do Exército dos EUA estão destacados aqui do que em qualquer outra parte do mundo: mais de 300.000 de nossos homens e mulheres", declarou Lloyd Austin.
O secretário de Defesa dos EUA caracterizou as alianças de segurança no Indo-Pacífico com países como a Austrália, Coreia do Sul, Filipinas, Japão e Tailândia como uma "profunda fonte de estabilidade" e mencionou os esforços de Washington para tecer "laços mais estreitos com outros parceiros", incluindo Cingapura, Índia, Indonésia e Vietnã.
Ele também prometeu um reforço da ajuda militar a Taiwan pelos EUA, e se orgulhou da intensificação do posicionamento militar de Washington na região, inclusive utilizando navios da Guarda Costeira.
"No próximo ano, nossa Guarda Costeira também implantará um navio patrulha no Sudeste Asiático e na Oceania. Isso abrirá novas oportunidades para a tripulação multinacional, treinamento e cooperação em toda a região, e será o primeiro grande navio patrulha da Guarda Costeira dos EUA permanentemente destacado na região", disse Austin.
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