Pequim está preparada para tomar medidas resolutas se Taiwan declarar independência, advertiu na sexta-feira (10) Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China.
Na sexta-feira (11) Wei Fenghe, conselheiro de Estado da China, ministro da Defesa e general, e Austin, realizaram sua primeira reunião presencial em Cingapura. Fenghe reiterou a posição da China sobre a questão de Taiwan, prometendo que Pequim "despedaçará qualquer plano de 'independência de Taiwan' e defenderá resolutamente a unificação da pátria".
O general sublinhou que "Taiwan é da China. Usar Taiwan para conter a China nunca prevalecerá".
Pequim lamentou a continuação da venda de armas pelos EUA a Taiwan, mas Qian comunicou que houve uma comunicação estratégica franca, positiva e construtiva com Austin, com ambos concordando que as forças armadas de seus países deveriam "implementar cuidadosamente o principal consenso alcançado pelos líderes dos dois países, manter a comunicação frequente e gerir riscos e crises".
Já Washington pediu o fim do que descreveu como "ações desestabilizadoras da China em relação a Taiwan", de acordo com o Departamento de Defesa dos EUA.
A ilha de Taiwan tem sido governada independentemente da China continental desde 1949, quando se separou de Pequim durante uma guerra civil que resultou na tomada de controle pelo Partido Comunista. Pequim nunca reconheceu Taipé e espera que um dia ambos os lados do estreito de Taiwan sejam reunificados.
Já os EUA reconhecem que a República Popular da China é o único governo legítimo do país, e que Taiwan é uma província chinesa. No entanto, na prática, Washington tem fornecido armas para Taipé, algo que Pequim tem repetidamente advertido ser uma interferência flagrante em seus assuntos internos.