"Desde o início de sua independência, os EUA consideram a América Latina uma zona natural de influência [...]. E episódios terríveis não ficaram no passado. A intromissão dos EUA nos assuntos dos países da América Latina ainda está presente", escreve o autor Daniel Lemus-Delgado, que é professor do Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey.
Segundo o professor, atualmente existem divergências consideráveis entre Washington e vários países da região. As raízes do crescente desconforto vêm das tentativas do governo dos EUA de impor suas políticas no Haiti, Cuba, Chile, Brasil, Panamá e em outros países.
Muitas vezes foram usados pretextos para intromissão apoiados na busca de formas de integração econômica e de combate a cartéis de drogas, destacou o especialista.
Na semana passada no evento nomeado de Cúpula dos Povos pela Democracia, em oposição à Cúpula das Américas, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel criticou a decisão de Washington de excluir países como Cuba, Venezuela e Nicarágua do encontro promovido pelo presidente americano Joe Biden.
Nessa cúpula, o presidente venezuelano Nicolás Maduro ressaltou que "o mundo é muito maior do que a arrogância e o domínio do império em declínio de Washington".