Panorama internacional

Risco de uso de armas nucleares atinge pico desde Guerra Fria, relata SIPRI

No momento, o mundo está confrontado com o maior risco de uso de armas nucleares desde a época da Guerra Fria, disse o Instituto Internacional de Pesquisas de Paz em Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês) em seu relatório anual sobre desarmamento, divulgado na segunda-feira (13).
Sputnik
O documento aponta que os EUA, Rússia, França, Reino Unido, Índia, Paquistão e também Israel e China continuam modernizando seus arsenais.

"Embora tenha havido no passado avanços significativos tanto em controle de armas nucleares, como em desarmamento nuclear, o risco de uso das armas nucleares parece agora mais alto do que em qualquer momento desde o auge da Guerra Fria", afirmou o diretor do SIPRI, Dan Smith.

O Instituto avalia que a quantidade total de armas nucleares em 2022 diminuiu ligeiramente, em 375 ogivas, em comparação com o ano anterior, mas, segundo suas previsões, os arsenais deverão crescer na próxima década. O declínio atual é principalmente atribuído ao fato de a Rússia e os Estados Unidos desmantelarem suas ogivas obsoletas.
Conforme ressaltou o representante do SIPRI, Hans M. Kristensen, existem "indicações claras" de que a tendência de redução dos arsenais nucleares após o fim da Guerra Fria mudou.
O SIPRI também avisa que os Estados nucleares estão aumentando ou modernizando seus arsenais. Além disso, esses endurecem sua retórica e aumentam o papel que o armamento nuclear desempenha em suas estratégias militares.
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