Os EUA apoiaram na terça-feira (14) a declaração de Taipé de que o estreito de Taiwan, que separa a ilha da China, é uma hidrovia internacional.
Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, argumentou em entrevista à agência britânica Reuters que "o estreito de Taiwan é uma hidrovia internacional, o que significa que o estreito de Taiwan é uma área onde as liberdades do alto mar, incluindo a liberdade de navegação e sobrevoo, são garantidas pela lei internacional".
Ele acrescentou que o mundo tem "um interesse permanente na paz e estabilidade no estreito de Taiwan, e nós [os EUA] consideramos isto central para a segurança e prosperidade da região mais ampla do Indo-Pacífico".
O porta-voz do Departamento de Estado repetiu as preocupações de Washington sobre a "retórica agressiva e a atividade coerciva de Pequim em relação a Taiwan", prometendo que os EUA "continuariam voando, navegando e operando onde a lei internacional permitisse, e isso inclui o trânsito pelo estreito de Taiwan".
As observações foram dadas em resposta a Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, que afirmou na segunda-feira (13) que o país tem direitos soberanos e administrativos sobre o estreito e rejeitou as alegações dos EUA de que se trata de águas internacionais.
Ele insistiu que o estreito de Taiwan estava dentro das águas territoriais e da zona econômica exclusiva da China, como foi definido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) e pela legislação interna chinesa.
"A China goza de direitos soberanos e jurisdição sobre o estreito de Taiwan, respeitando os direitos legítimos de outros países nas áreas marítimas relevantes", ressaltou Wang.
Segundo ele, através da qualificação do estreito de Taiwan como "águas internacionais", alguns países "pretendem criar uma desculpa para sua manipulação da questão de Taiwan e ameaçar a soberania e segurança da China".