O Ministério de Energia de Israel afirmou que o acordo será o primeiro a permitir exportações "significativas" de gás israelense para o continente europeu, segundo a Reuters. Parte do combustível oriundo de Tel Aviv já é enviado por gasoduto para usinas de liquefação na costa mediterrânea do Egito, de onde é reexportado como gás natural liquefeito (GNL).
"Hoje [15], Egito e Israel assumem o compromisso de compartilhar nosso gás natural com a Europa e ajudar na crise energética", disse a ministra de Energia de Israel, Karine Elharrar, após a assinatura do memorando de entendimento em Cairo.
Autoridades dizem esperar que os embarques de GNL do Egito para a Europa aumentem sob o acordo, embora tenham dito que provavelmente levará alguns anos antes que as exportações possam ser significativamente expandidas.
Também sob o pacto, o bloco europeu procura incentivar empresas europeias a participarem de licitações de exploração israelenses e egípcias, relata a Reuters.
O Egito também é produtor de gás, mas suas exportações foram limitadas pelo aumento da demanda doméstica. De acordo com a mídia, Cairo exportou 8,9 bilhões de metros cúbicos (bcm) de GNL no ano passado e 4,7 bcm nos primeiros cinco meses de 2022.
Nos próximos anos, Israel está a caminho de dobrar a produção de gás para cerca de 40 bcm por ano, à medida que expande projetos e coloca novos campos on-line, dizem autoridades do setor citadas pela Reuters.
No ano passado, a UE importou 155 bcm de gás da Rússia, representando cerca de 40% do consumo total do bloco. O acordo assinado hoje (15), reconhece que o gás natural terá um papel central no mercado energético da União Europeia até 2030.