"Em termos gerais, temos, sim, condições para esse fornecimento, desde que exista esse ajuste entre os demandadores. A prioridade é sempre o mercado interno brasileiro, porém o Brasil tem também a capacidade de importação de milho, de Paraguai e Argentina principalmente, para suprir eventuais buracos de oferta. Esses ajustes entre exportações, importações e mercado interno são feitos pelo próprio mercado, evoluindo à medida que a demanda migra em cada uma dessas pontas", avaliou o consultor técnico da Aprosoja-GO.
Risco à segurança alimentar
"Podemos citar o exemplo dos últimos dois anos. Em 2020, tivemos uma safra cheia no Brasil, e o país foi um dos grandes exportadores no mercado mundial, com mais de 40 milhões de toneladas enviadas ao exterior, sem faltar produto ao mercado interno", disse.
"Isso mostra que o mercado se ajusta com as variações da oferta e demanda", indicou Palavro.
Tendência ou negócio pontual?
"Nos últimos dois anos, a importação [chinesa] mais do que triplicou, o que amplia a necessidade de busca por novos parceiros comerciais no segmento. Sendo assim, acreditamos que esta seja de fato uma tendência, e não algo pontual. O Brasil deve figurar como um tradicional exportador de milho para a China daqui em diante", avaliou.