Os pilotos americanos encarregados da evacuação apressada do Afeganistão em agosto de 2021 agiram "em conformidade com as regras de compromisso aplicáveis" e não são responsáveis pelas trágicas mortes associadas à operação, declarou na segunda-feira (13) em um comunicado a Força Aérea dos EUA.
Ann Stefanek, porta-voz da Força Aérea, relatou, citada pelo jornal Politico, que foram conduzidas duas investigações sobre o caso, uma pelos EUA. Elas concluíram que os membros da tripulação "exerceram um bom julgamento na sua decisão de subir ao ar o mais rápido possível quando confrontados por uma situação de segurança sem precedentes e em rápida deterioração".
Após a investigação conjunta do Comando Central dos EUA, responsável pelas operações militares do país no Oriente Médio, e do Comando de Mobilidade Aérea do serviço, eles "apresentaram opiniões concordantes de que a tripulação aérea estava em conformidade com as regras de engajamento específicas ao evento e a lei geral do conflito armado", continuou Stefanek.
Os pilotos americanos a bordo do C-17 em 16 de agosto voltaram ao serviço após "buscar cuidados e serviços adequados para ajudar a lidar com qualquer trauma decorrente desta experiência sem precedentes", revelou a porta-voz da Força Aérea dos EUA.
Já as autoridades do Catar se recusaram a continuar a investigação depois que o incidente foi revisto pelo Escritório de Investigações Especiais da Força Aérea americana.
Apesar das investigações conduzidas até agora, ainda não se sabe quantas pessoas morreram durante as evacuações de cerca de 125.000 indivíduos em Cabul, Afeganistão.