"Foram aplicados os mesmos métodos utilizados pelos países ocidentais em 2011 para desencadear o conflito militar na Síria. Naquela época, o Ocidente apoiou e armou os terroristas ideologicamente motivados pelo islamismo radical com o objetivo de derrubar o governo indesejável", declarou o coronel-general.
"E assim [foi] na Ucrânia, ao introduzirem a ideologia neonacionalista na parte radical da sociedade ucraniana, os EUA e seus satélites levaram ao poder as forças que promovem o crescimento de ideais fascistas", disse Mizintsev, acrescentando que agora os países ocidentais buscam prolongar o conflito o máximo possível, inundando a Ucrânia com todos os tipos de armamentos.
O coronel-general ressaltou que em oito anos de desastre humanitário em Donbass, mais de 6,5 milhões de pessoas foram vítimas de violações dos direitos humanos.
Ao longo deste tempo, devido a bombardeamentos diários das tropas ucranianas e regimentos nacionalistas foram mortas mais de 14.500 pessoas, destruídos mais de 4.100 e danificados mais de 55.000 instalações de infraestrutura e edifícios residenciais.
"Os países do chamado Ocidente civilizado liderados pelos EUA deliberadamente não notaram tudo isso, demonstrando absoluta indiferença diante do destino de milhões de habitantes das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk", conclui Mizintsev.
A operação militar especial russa foi deflagrada no final de fevereiro após as repúblicas de Donbass solicitarem apoio militar à Rússia na sequência do aumento das violações de cessar-fogo na região por parte de Kiev.