Os índices de futuros do Mecanismo de Transferência de Títulos (TTF, na sigla em inglês) de julho do maior centro europeu abriram esta quinta-feira (16) a US$ 1.334,9 (cerca de R$ 6.747) por 1.000 metros cúbicos, 6,2% a mais que o preço estimado de terça-feira (14), de US$ 1.256,5 (aproximadamente R$ 6.350). Porém, ao meio-dia os preços aceleraram e saltaram 17%, quebrando a marca de US$ 1.500.
Até agora, o valor máximo negociado é de US$ 1.519 (cerca de R$ 7.677) por 1.000 metros cúbicos.
Os preços do gás na Europa subiram desta vez devido a problemas com equipamentos estrangeiros no gasoduto Nord Stream (Corrente do Norte), disse o chefe do Departamento de Energia do Instituto Russo de Energia e Finanças, Yuri Rykov, à Sputnik.
"A turbulência no mercado de gás continua. Em particular, o gasoduto Nord Stream reduziu o fluxo de gás. Houve problemas com as turbinas de lá porque empresas estrangeiras se recusaram a fazer sua manutenção", explicou.
Atualmente são bombeados, por dia, cerca de 67 milhões de metros cúbicos de gás, 100 milhões de metros cúbicos de gás a menos do que deveriam ser bombeados diariamente.
De acordo com o especialista, se a situação do fornecimento de gás russo para a Europa não se normalizar, o combustível pode chegar a US$ 3.000 (aproximadamente R$ 15.161) por 1.000 metros cúbicos no inverno.
"Enquanto houver instabilidade no fornecimento da Rússia para a Europa, devemos esperar que a tendência de alta no custo do gás continue. Se a situação não for resolvida, o gás para os europeus pode subir para US$ 2.000-2.500 [R$ 10.110-12.640, aproximadamente] por 1.000 metros cúbicos no inverno. Alguns [especialistas] chegam a prever até US$ 3.000. Em outras palavras, o aumento vai ser significativo", concluiu Rykov.