Relatório aponta que indústrias de Defesa dos EUA estão 'enchendo os bolsos' com os conflitos

Um relatório da Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN, na sigla em inglês) indicou que os gastos com armas nucleares tiveram um aumento significativo em 2021.
Sputnik
De acordo com o relatório, em apenas um ano, os nove países com armas nucleares (EUA, China, Rússia, França, Índia, Israel, Coreia do Norte, Paquistão e Reino Unido) gastaram ao todo US$ 82,4 bilhões (R$ 416,45 bilhões) em manutenção e modernização das 13 mil armas nucleares existentes, representando um aumento de 9% com relação a 2020.
A ICAN ainda listou as empresas que mais lucraram com a produção de armas nucleares.
Liderando os lucros estão as norte-americanas Honeywell International, com um faturamento de US$ 6,2 bilhões (R$ 31,3 bilhões), Northrop Grumman e Lockheed Martin, que faturaram US$ 5 bilhões (R$ 25,27 bilhões) e US$ 1,9 bilhão (R$ 9,6 bilhões), respectivamente.
De acordo com a ICAN, estas e outras empresas se recuperaram das últimas crises, como a pandemia da COVID-19, e passaram a elevar as vendas de armas nucleares, bem como seu faturamento.
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A ICAN também destaca que todos os esforços para evitar a proliferação nuclear não conseguiram evitar os conflitos atuais, e que serviram apenas para encher os bolsos dos políticos e daqueles ligados à indústria de defesa.
"Disseram que os bilhões investidos em armas nucleares era o preço a pagar pela paz na Europa. Contudo, estes bilhões serviram apenas para encher o bolso dos poderosos que lucram com a produção de armas de destruição em massa", enfatizou.
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