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Bolsonaro volta a atacar Petrobras: vai perder R$ 30 bilhões em lucro com a CPI que será aberta

Na visão do mandatário, sócios minoritários da empresa são os culpados pela alta nos combustíveis. Em retaliação, Bolsonaro quer instalar uma CPI para investigar membros da estatal.
Sputnik
Hoje (18), durante discurso em um culto evangélico em Manaus (AM), o presidente, Jair Bolsonaro (PL), voltou a atacar a Petrobras e disse que na segunda-feira (20), a petrolífera poderá ter um prejuízo de R$ 30 bilhões em razão da articulação, comandada por ele, para a abertura de CPI sobre a empresa, segundo a Folha de São Paulo.
Ontem (17), quando um novo reajuste nos preços dos combustíveis da estatal para as distribuidoras foi anunciado, o presidente afirmou que entraria com recurso para instalar uma CPI a fim de investigar o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, diretores e membros do conselho, conforme noticiado.
Neste sábado (18), ainda durante o discurso, Bolsonaro responsabilizou sócios minoritários pela queda de valor da empresa. A estatal perdeu R$ 27,3 bilhões de valor de mercado, segundo a plataforma de dados financeiros Economática, em razão da reação do governo ao novo reajuste dos combustíveis.
"Grande parte dos minoritários [são] empresas de fundo de pensão dos Estados Unidos que ganham em média R$ 6 bilhões por mês. Dinheiro de vocês que botam combustível nos carros. A Petrobras perdeu R$ 30 bilhões. Acredito que, na segunda-feira [18], com a CPI, vai perder outros 30 [bilhões]. Eles não pensam no Brasil. Virou Petrobras futebol clube para seu presidente, diretores, conselheiros e dito minoritários. Vamos para cima da Petrobras", disse Bolsonaro.
De acordo com a mídia, as fortes reações aos reajustes nos preços da gasolina e do diesel acenderam um sinal de alerta entre acionistas minoritários da Petrobras. Eles temem um avanço do governo e de partidos do centrão sobre a estratégia e diretorias da estatal.
Representante dos minoritários no conselho de administração, o advogado, Francisco Petros, chegou a enviar uma carta aos Ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil para tentar abrir um espaço para negociações. Um representante de investidores privados, citado pela mídia, disse que a batalha agora não é mais pelos preços, mas pela diretoria.
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