Panorama internacional

Governo da Hungria compara embargo ao gás russo a um 'tiro nos pulmões' para UE

Embargo contra o gás russo seria para a Europa "um tiro nos pulmões", já que é impossível compensar a falta dos suprimentos russos, afirmou hoje (20) a representante do governo húngaro, Alexandra Szentkiralyi.
Sputnik
Ela ressaltou que, se as sanções contradizerem os interesses da Hungria, o país tomará uma posição firme.
"Nós [na cúpula dos líderes dos países da UE em Bruxelas] queríamos representar o povo húngaro, se o povo húngaro não aceitar as propostas sobre a introdução das sanções [...] vamos declarar isso fortemente", afirmou a representante em uma transmissão do canal de TV M1.

"Posso dizer que se a introdução inicial do embargo ao petróleo significou um tiro no pé para a Europa, o embargo ao gás equivalerá praticamente a um tiro nos pulmões. Não só a Hungria, mas nem todos os países da Europa serão capazes de compensar o enorme volume de gás que vem da Rússia", acrescentou.

Uma série de políticos europeus, tais como a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, e o vice-chanceler da Polônia, Pawel Jablonski, articularam o desejo que o sétimo pacote de sanções europeias inclua o banimento das entregas do gás russo.
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Anteriormente, o Conselho Europeu divulgou na edição oficial o sexto pacote de restrições contra a Rússia, que prevê, entre outras medidas, a imposição gradual de um embargo à importação do petróleo russo, mas aplicado apenas às entregas por via marítima.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou repetidamente que a política de contenção e enfraquecimento da Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente, enquanto as sanções já causaram danos sérios a toda a economia global.
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